MOREIRA FRANCO COMIA DOS DOIS LADOS: O DE TEMER E O DO FILHO





O executivo Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, disse à força-tarefa da Lava Jato que pagou propina de R$ 3 milhões a Moreira Franco, em 2014, quando ele, que hoje conduz o programa de atração de investimentos do governo Temer, era ministro da Aviação Civil.

Melo Filho disse ter pago os valores para que Moreira enterrasse o projeto de um terceiro aeroporto em São Paulo, o de Caieiras (SP), que poderia prejudicar a Odebrecht.
Em nota, Moreira Franco negou as acusações e disse que jamais pediu ajuda financeira a executivos da Odebrecht; Melo Filho disse também ter pago propinas a Romero Jucá, outro aliado de Temer, dizia ser necessário derrubar a presidente Dilma Rousseff para “estancar essa sangria”

Em 2013, foram publicadas, por um breve período, matérias sobre a carreira meteórica do filho de Moreira Franco, Pedro, na Odebrecht:

Pedro Moreira Franco, filho do ministro Wellington Moreira Franco, da Secretaria Nacional de Aviação Civil, pode ter todas as qualificações do mundo, mas o fato é que fez uma carreira meteórica no grupo Odebrecht, do empreiteiro Marcelo Odebrecht.

Em nota, a empresa tentou responder à reportagem do 247, que aponta ligações perigosas demais entre a empreiteira e a família Moreira Franco (leia mais aqui). Mas o comunicado, no entanto, reforça ainda mais as suspeitas. Leia abaixo:

Comunicado
  
Pedro Moreira Franco entrou para a Organização Odebrecht em 2005, através do programa de trainees da empresa. Três anos depois, iniciou uma pós-graduação no exterior, de onde retornou em 2010 para trabalhar na Foz, subsidiária da Odebrecht Ambiental. A entrada do FI-FGTS no capital da Odebrecht Ambiental aconteceu em setembro de 2009 e o ministro Moreira Franco não fez parte de nenhuma das instâncias encarregadas de aprovar  o investimento.

Ou seja: em cinco anos, o filho do ministro, indicado ao cargo pelo PMDB, foi de trainee a diretor, mesmo tendo passado três anos fora, cursando uma especialização.

O que aconteceu nesse período? Em 2008, o FI-FGTS, um fundo com recursos dos trabalhadores, que estava sob a responsabilidade de Moreira Franco, como vice-presidente de Fundos da Caixa Econômica Federal, fez um aporte de R$ 450 milhões na Embraport, empresa de portos do grupo Odebrecht (leia mais aqui).

Em outubro de 2009, mais um aporte, entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões, na Foz do Brasil, justamente a empresa que reservou uma diretoria para Pedro Moreira Franco (leia aqui).

Segundo a nota da Odebrecht, Wellington Moreira Franco não teve qualquer influência na liberação dos aportes nas empresas do grupo. No entanto, em seu próprio site, o ministro ressalta o papel que teve na criação do FI-FGTS (leia aqui). “Esse ano de 2009 representou a consolidação do Fundo de Investimentos do FGTS, que encerrou o exercício com comprometimento total dos recursos inicialmente alocados. Foram desembolsados R$ 14,5 bilhões do FI-FGTS. O ativo total do FGTS no fim de 2009 era de R$ 2,35 bilhões”, diz o ministro.

Agora, o perigo: como ministro da Aviação Civil, e não mais como responsável pelo FI-FGTS, Moreira Franco pilota a privatização dos aeroportos. Segundo o colunista Janio de Freitas, da Folha, seu edital atende aos interesses da Odebrecht.


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