TEMER PREVÊ UMA CATÁSTROFE SEM O LIMITE DO TETO PELOS PRÓXIMOS 20 ANOS. EU TAMBÉM SONHO COM OUTRAS CATÁSTROFES
A vida eterna, dá-lhe Senhor
247 - Em jantar com mais de 200 políticos da base
aliada neste domingo (9), o presidente Michel Temer criticou a oposição à
proposta da PEC do teto dos gastos públicos e afirmou que qualquer
movimento para derrotá-la "não pode ser admitido".
A PEC tem sido muito criticada por congelar por 20 anos os gastos
públicos e foi classificada como "o desmonte do Estado Social
brasileiro" pelo professor Bresser Pereira (leia aqui).
O peemedebista recebeu cerca de 210 deputados federais e alguns
senadores, como o presidente da Casa, Renan Calheiros, para discutir as
estratégias de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição. O
movimento também vem sendo encarado como uma tentativa do presidente de
demonstrar força política.
Em seu discurso, Temer defendeu que a aprovação da iniciativa não
será apenas uma vitória do governo federal, mas sim de toda a classe
política, destaca reportagem na Folha de S.Paulo.
"Nós estamos cortando na carne com essa proposta e todo o qualquer
movimento ou ação corporativa que possa tisnar a medida do teto de
gastos públicos não pode ser admitida", disse.
Segundo ele, ao aprovar a medida, a os Poderes Executivo e
Legislativo "estarão fazendo história". O peemedebista ressaltou que seu
objetivo é chegar no último dia do mandato erguendo as mão e dizendo
que salvou o país.
"Nós estamos fazendo história até o último dia do governo federal. E,
lá na frente, vamos erguer as mãos e dizer que salvamos o Brasil",
afirmou.
Veja a íntegra do discurso de Michel Temer aos parlamentares:
Meus amigos, eu quero, em primeiro lugar, agradecer muitíssimo a
presença de todos. Mas eu acho que a presença dos que vieram aqui,
Renan, Rodrigo, revela a responsabilidade da classe política com o País.
Tantas e tantas vezes nós, da classe política, eu me incluo nela, somos
observados e muitas vezes criticados. Até muitas vezes quando acontece
isso, você tem um feriado no meio da semana e eles dizem: “olha, agora
ninguém vai aparecer”. Pois, olhe, Rodrigo, hoje os parlamentares da
Câmara Federal estão dando um exemplo. Nós anotamos quase 300
parlamentares aqui, portanto, mais oito que já aprova a PEC.
De modo que eu quero agradecer muitíssimo a gentileza de vocês terem,
em primeiro lugar, aceito o convite. Em segundo lugar, os que não
vieram falaram conosco e estarão aqui amanhã com o mesmo interesse que
os senhores e as senhoras demonstraram no dia de hoje.
Quero agradecer também ao José Márcio Camargo e ao Castellar pela
exposição que fizeram porque vocês viram que este jantar, que é um
jantar, digamos, de confraternização, transformou-se em um jantar de
trabalho. Mas acho que foi muito útil para todos nós, não é? Quando nós
vemos os gráficos e os dados que vão para o quadro, nós verificamos a
indispensabilidade desta reforma que nós vamos fazer amanhã. Eu tenho
certeza que todos, o Rodrigo sugeriu 10h30, eu tomo a liberdade de
sugerir que todos estejam às 10h. Porque às 10h todos estão lá,
registram presença e como muitos líderes já me pediram e pediram ao
Rodrigo, que também os colegas não saiam do plenário porque as votações
serão quase todas nominais, e, sendo nominais, elas serão mais rápidas
do que aquelas que depois se pedem verificação. E até sendo nominal,
convenhamos, dá muita seriedade àquilo que for aprovado. Que quem
aprovar está aprovando nominalmente.
De modo que eu quero muitíssimo agradecer a presença, mas revelar uma
alegria, a alegria de saber que o Legislativo e o Executivo estão
trabalhando juntos. Isto é uma coisa importantíssima. Não é a primeira
vez, a presença do presidente do Senado, do presidente da Câmara ao lado
do presidente da República. Agora vou dizer, viu, Rodrigo, sabe que eu
tenho saudade do meu tempo de presidente da Câmara. Era uma coisa
agradável.
Mas eu quero agradecer muitíssimo, dizer a vocês, aos amigos que
estão aqui que esta integração entre o Executivo e o Legislativo não vai
parar amanhã, ela vai continuar até o fim do governo. E como disse o
Rodrigo, nós estamos fazendo história. E nós queremos, no último dia do
nosso governo, do meu e dos colegas deputados, nós queremos erguer as
mãos e dizer: salvamos o Brasil. Isto é o que nós queremos.
E vejam que o Rodrigo teve uma posição, viu, Renan, muito adequada.
Ele não pediu para membros do governo virem falar sobre a PEC. Porque o
membro do governo, nós olhamos. Bom, o governo está querendo aprovar e,
certa e seguramente, pode ser parcial nas suas afirmações. Ele trouxe
dois eminentes membros da universidade no Brasil, que vieram aqui e
revelaram a luzes claras, de maneira transparente o que significa
aprovar a Proposta de Emenda Constitucional que fixa um teto para os
gastos públicos. Isso vai, meus amigos, significar não só, quero dizer,
uma vitória para o governo, sem dúvida alguma, mas uma vitória para a
classe política. E nós todos estamos precisando revelar ao País que nós
temos responsabilidade, que todos nós, de alguma maneira, estamos
cortando na carne. Todo e qualquer movimento de natureza corporativa que
possa tisnar a PEC do teto não pode ser admitido.
De modo que vocês, na verdade, fazem um trabalho extraordinário no
Legislativo brasileiro. E este fato, tenha absoluta convicção,
presidente Renan, presidente Rodrigo, que o fato de nós aprovarmos em
uma segunda-feira, antevéspera de um feriado, uma matéria de tamanha
relevância, tamanha importância, vai ganhar o aplauso de todo o povo
brasileiro.
Muito obrigado a vocês.
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