JUÍZES E MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO ARTICULAM PARA FICAR FORA DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA. ESSES SÃO OS "HONESTOS" QUE DESTITUIRAM DILMA
Desonestos em busca apenas de manter privilégios que negam à maioria da sociedade - pra mim não valem nada.
A pedido das entidades que representam magistrados e membros do
Ministério Público nas esferas estaduais e federal, o deputado Lincoln
Portela (PRB-MG) apresentou emenda à reforma da Previdência excluindo
essas categorias das mudanças propostas pelo governo.
O texto original enviado ao Congresso pelo presidente Michel Temer
equipara a aposentadoria dos servidores públicos, inclusive juízes,
promotores e procuradores, à dos trabalhadores do setor privado, geridas
pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Na sua justificativa, o deputado alega que a proposta do governo tem
“incontáveis inconstitucionalidades”, entre elas a “vitaliciedade e a
irredutibilidade dos vencimentos” particularmente de membros de outro
poder.
“Os juízes e os membros do Ministério Público correm riscos parecidos
com os enfrentados pela polícia, principalmente quem atua na área
criminal”, alega Portela. A proposta da reforma previdenciária está em
discussão na comissão especial que analisa o seu mérito na Câmara.
“Assinei pelos corredores mais de 180 emendas a pedido de várias
entidades. Sou 100% contra a reforma da Previdência proposta pelo
governo e apresentei estas propostas ao texto do governo como forma de
atrasar a votação”, disse Portela ao Congresso em Foco. O deputado
alega ainda que a magistratura e o MP deveriam ser incluídos em um texto
à parte, no futuro.
Entidades
O presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe),
Roberto Veloso, disse que as entidades que representam a magistratura e o
MP decidiram, em conjunto, apadrinhar a emenda de Portela porque outras
categorias do setor público também estavam sendo excluídas da reforma
da Previdência proposta pelo governo. Veloso questiona por que o governo
decidiu excluir da proposta de reforma algumas categorias, como
militares e servidores estaduais.
“O governo resolveu excluir policiais, militares e os servidores
estaduais da reforma na Previdência e provocou uma reação das entidades
do Judiciário que passaram a cuidar dos interesses das categorias”,
disse o presidente da Ajufe. “Todo mundo quer ficar fora da reforma.
Somos dirigentes associativos e as entidades refletem os interesses das
categorias que representam”, acrescentou Veloso.
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