CONHEÇA O REGIME DE EXCEÇÃO QUE AÉCIO ESTABELECEU EM MINAS GERAIS
O desesperado Aécio e o injustiçado e perseguido Carone
Do Brasil, uma pessoa acompanhou
com especial atenção a esparrela dos tucanos e agregados e a caradura
de Aécio ao ter seu plano de criar um incidente diplomático com a Venezuela desmascarado:
o jornalista Marco Aurélio Carone.
Carone mantinha o site Novo Jornal,
onde publicava denúncias contra os tucanos mineiros, especialmente Aécio, que
governou Minas de 2003 a 2010.
Acabou
preso. Ficou encarcerado de 20 de janeiro a 4 de novembro de 2014, no
complexo penitenciário segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, região
metropolitana de BH.
O bloco
parlamentar Minas Sem Censura (MSC) denunciou à época: a prisão de
Carone foi uma armação e teve a ver com o chamado “mensalão tucano” e a
Lista de Furnas no contexto das eleições de 2014.
Viomundo
— O que te passou pela cabeça quando leu a notícia de que Aécio Neves iria
à Venezuela visitar dois golpistas?
Marco
Aurélio Carone –
Tive certeza absoluta de que o senador é uma pessoa desprovida de qualquer
principio ético e moral. Ele continua imaginando que, através de uma cobertura
midiática favorável, pode manter uma imagem desassociada da truculência e
da censura. Mas não pode. Jornalistas mineiros sabem muito bem disso. E o
que aconteceu comigo é a maior prova. Permaneci preso em um presídio de
segurança máxima por 9 meses e 20 dias, em condições sub-humanas,
sendo que nos últimos três últimos – justamente no período eleitoral –, em
isolamento absoluto.
Tudo
sem qualquer condenação. Meu crime: Publicar matérias que
denunciavam o esquema criminoso e corrupto montado por ele em
Minas Gerais
Viomundo
– Qual foi fundamentação para prisão?
Marco
Aurélio Carone –
Manutenção da ordem pública e evitar que eu continuasse a publicar matérias
que, na opinião do Ministério Público de Minas e da juíza que
determinou a minha prisão, poderiam interferir negativamente nas eleições
de 2014.
Meu jornal foi literalmente saqueado: os bens e documentos
apreendidos sequer foram relacionados. Cabe destacar que, três meses antes da
minha prisão, eu tinha ganho uma ação por acusação idêntica no Tribunal de
Justiça de Minas Gerais (TJMG), que determinara que o Novojornal com terminação .br,
fosse restabelecido. Eu tinha sido impedido de funcionar igualmente por uma
medida cautelar indevida e absurda. Decisão esta que até hoje não foi cumprida
pelo Poder Judiciário e Ministério Público mineiros.
Viomundo
– Uma provocação: Aécio foi te visitar na prisão?
Marco
Aurélio Carone —
O ‘democrata’ foi a Caracas visitar golpistas. Já eu, em Minas, nem mesmo minha
família pode me ver. Até a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais foi impedida de manter contato comigo.
Meu
tratamento cardíaco e de diabetes foi interrompido. Estava recuperando de uma
cirurgia de quadril devido um acidente automobilístico. Não tive qualquer
atendimento fisioterápico. Minha perna direita agora, quase sete meses depois,
começa a dar sinal de que vai voltar a movimentar, permitindo que eu largue as
muletas… Praticamente todo o tempo de prisão permaneci deitado.
Viomundo
– Como está o processo contra você?
Marco
Aurélio Carone —
Parado.
Viomundo
– A Globo foi à Venezuela acompanhar a visita de Aécio aos dois golpistas. Só
que ela, assim como a mídia em geral, ignorou totalmente o que aconteceu com
você, que foi realmente preso político do governo tucano de Minas. O que
acha disso?
Marco
Aurélio Carone —
São coisas da vida, meu bisavô e avô já passaram por isso, assim como meu pai
em 1964. Ele era prefeito de Belo Horizonte e foi cassado pelo golpe miliar.
Embora dono de duas usinas de açúcar, devido ao bloqueio de seus bens, entrou
em tremenda dificuldade financeira.
Minha família composta por mim, minha mãe meu pai, dois
irmãos e uma irmã, fomos morar em um quarto do Hotel Amazonas em Belo
Horizonte. À noite, meu pai descia comprava uma pratada de macarrão e todos nos
comíamos satisfeitos. Não poucas vezes, no dia seguinte, os jornais Estado de
Minas e Diário da
Tarde estampavam na
capa manchetes dizendo que meu pai tinha sido cassado porque roubara. Respondeu
14 processos sem sair do Brasil. E em pleno regime de exceção foi absolvido.
Talvez
daqui alguns anos quando fizerem uma nova comissão da verdade meu caso seja
citado pela grande imprensa.
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