O STRIP-TEASE DA JUSTIÇA BRASILEIRA AOS OLHOS DO MUNDO, QUE DESNUDA, A CADA DIA MAIS, TODO SEU ACOVARDAMENTO DIANTE DAS PRESSÕES, SUA HIPOCRISIA, SUA PARCIALIDADE, SUAS RUGAS ÉTICAS E SUA MANIPULAÇÃO DOS FATOS
É nas mãos dessa gentalha que compõem a Suprema Corte que está o futuro da nossa Democracia.
O pagamento de benefícios e verbas indenizatórias a magistrados e servidores do Judiciário subiu 30% de 2014 para 2015, ano em que a crise econômica no país se agravou. Parte da alta se deve à decisão liminar do ministro do STF Luiz Fux que garantiu a todos os magistrados do país auxílio moradia de R$ 4,3 mil. O plenário da corte não tomou decisão definitiva sobre o tema, que se arrasta há mais de dois anos.
Assim como todas as verbas indenizatórias, os tribunais não exigem comprovante de gasto para que o magistrado tenha direito a ela.
Um delegado, em entrevista a uma
revista semanal, declara que a Polícia Federal “perdeu” o “timing” para prender
Lula.
Outro delegado, que já manifestou
publicamente, nas redes sociais, por mais de uma vez, suas preferências
políticas e que, criticado por isso, tentou censurar, na justiça, as
manifestações de internautas contra ele, vem a público para afirmar que, na verdade,
esse “timing” não passou, e que, em 30, 60 dias, será possível obter condições
favoráveis para prender o ex-presidente, cuja esposa acaba de sofrer uma
cirurgia para conter as sequelas de um AVC.
Ora, não sabemos se há “timing” para
fazer, mais uma vez, a reflexão óbvia e ululante, mas se ainda faltavam provas
de que parte preponderante da Operação Lava-Jato tem motivação política – e o
objetivo de prender Lula antes que chegue 2018, a qualquer custo – e do
incontido ativismo de alguns de seus membros, elas estão aí, escancaradas, mais
uma vez, à vista de todos.
Em um país minimamente sério, o
ex-presidente Lula seria preso se houvesse provas incontestáveis contra ele, e
não em função do “timing” institucional, eventualmente construído com o auxílio
de uma campanha midiática exagerada e sórdida, que se arrasta já há quase três
anos.
Sutis como elefantes, as duas
entrevistas fazem parte de um evidente, incomensurável, indiscutível,
strip-tease da justiça brasileira aos olhos do mundo, que desnuda, a cada dia
mais, todo o seu acovardamento diante das pressões, sua hipocrisia, sua
parcialidade, suas rugas éticas e sua manipulação dos fatos, com a fabricação
de factoides tão postiços quanto perucas.
A sua cara – e a opinião pública
mundial percebe claramente isso, ao ver, horrorizada, os vídeos postados
pelos assassinos – não é, apesar dos arroubos costumeiros da mídia local,
quando ocorrem certos convescotes, a dos jovens procuradores e juízes de
armanianos ternos, que visitam outros países em busca de holofotes,
plaquinhas e diplomas honoríficos; mas a das cabeças arrancadas, diante das
câmeras de celulares, a golpes de facão, do tronco de prisioneiros – muitos
deles provisórios, que sequer ainda haviam sido julgados – que estavam sob a
custódia de um sistema apodrecido até a raiz, incapaz de garantir os mais
elementares direitos, ou de fazer valer a Lei e a Constituição, em um país com
8.5 milhões de quilômetros quadrados e a quinta maior população do mundo.
Comentários
Postar um comentário
comentário no blogspot