ELEIÇÕES DIRETAS NA VENEZUELA É O MELHOR REMÉDIO, DIZ O GOLPISTA MICHEL TEMER
CONSPIRADOR, TRAIDOR, GOLPISTA E ACHACADOR NO BRASIL, TEMER PEDE ELEIÇÕES DIRETAS NA VENEZUELA
Rejeitado por 78% dos brasileiros, que defendem sua cassação imediata,
Michel Temer disse que o problema da Venezuela só será resolvido com
novas eleições presidenciais
Beneficiário do golpe articulado pelo ex-deputado Eduardo Cunha,
condenado a 15 anos de prisão, e pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG),
recordista em inquéritos na Lava Jato, Michel Temer defendeu neste
sábado 22 eleições diretas... na Venezuela.
Em entrevista à Agência Efe, ele disse que espera por uma
solução pacificadora para a crise no país e afirmou que ela só será
resolvida com "eleições livres". Segundo ele, se elas não ocorrerem, o
país perderá as "condições de convivência" no Mercosul.
Temer ressaltou o que definiu como "preocupação profunda"
que tem em relação ao "povo venezuelano" e disse esperar que, "muito
proximamente, haja uma solução pacificadora na Venezuela por meio de
eleições livres e com aplicação plena dos princípios democráticos".
Curiosamente, no Brasil, onde 78% querem a cassação do mandato de Temer pelo TSE, segundo pesquisa Vox Populi, 90% dos cidadãos defendem o mesmo que Temer, mas aqui: eleições diretas para a escolha de seu substituto.
Temer chegou ao poder por meio de um golpe parlamentar que
tirou uma presidente eleita, Dilma Rousseff. Segundo pesquisa CNI/Ibope
divulgada no fim de março, 55% consideram a gestão Temer ruim ou péssima
e 79% não confiam no peemedebista.
Na entrevista, Temer comentou ainda sobre a entrada de
venezuelanos no Brasil, por meio de Roraima, diante da crise, e contou
que o governo brasileiro tentou mandar ajuda humanitária ao país, com
medicamentos que estariam em falta por lá, mas que a ajuda teria sido
recusada.
A Venezuela convive há três semanas com protestos contra o
governo de Nicolás Maduro, cuja violência já deixou 23 pessoas mortas.
Os líderes da oposição exigem que o presidente convoque eleições gerais,
liberte 100 ativistas e respeite a autonomia do Congresso, que é
liderado pela oposição.
Leia mais sobre o tema em reportagens das agências Reuters e Sputnik:
Oito são eletrocutados em Caracas em meio a protestos da Venezuela
Por Eyanir Chinea e Efrain Otero
Por Eyanir Chinea e Efrain Otero
CARACAS (Reuters) - Oito pessoas foram eletrocutadas durante
um incidente de saques em Caracas, disse um bombeiro nesta sexta-feira,
em meio a violentos protestos contra o presidente venezuelano, Nicolas
Maduro, com opositores acusando-o de tentar criar uma ditadura.
O acidente ocorreu quando um grupo de saqueadores invadiu
uma padaria no bairro de El Valle, de acordo com o bombeiro, que pediu
anonimato. Não foi possível confirmar imediatamente os detalhes do
incidente com o hospital ou outros funcionários.
O Ministério Público disse na sexta-feira que está
investigando 11 mortes em El Valle, acrescentando que "algumas" vítimas
morreram ao serem eletrocutadas.
Nove pessoas foram mortas na violência associada a uma onda
de manifestações anti-governo nas últimas três semanas em que
manifestantes entraram em confronto com as forças de segurança.
Dezenas de empresas na área de El Valle mostraram sinais de
saque, que vão desde prateleiras vazias até janelas quebradas e portões
de entrada de metal torcido.
O Ministério da Informação não respondeu imediatamente a um pedido de detalhes.
As forças de segurança patrulharam grande parte de Caracas na sexta-feira, incluindo El Valle.
O governo de Maduro está resistindo até agora à pressão dos
protestos mais sérios em três anos, com líderes da oposição fazendo uma
série de demandas políticas, atraindo o apoio de um público irritado com
a economia do país em colapso.
Os dirigentes do partido socialista descrevem os
manifestantes como bandidos que estão prejudicando a propriedade pública
e perturbando a ordem pública para derrubar o governo com o apoio de
adversários ideológicos em Washington.
Os líderes da oposição prometeram manter seus protestos,
exigindo que o governo de Maduro convoque eleições gerais, liberte quase
100 ativistas da oposição e respeitem a autonomia do Congresso liderado
pela oposição.
A economia venezuelana está em queda livre desde o colapso
dos preços do petróleo em 2014. O generoso programa de bem-estar
financiado pelo petróleo criado pelo líder socialista Hugo Chávez,
antecessor de Maduro, deu lugar a uma economia marcada pela escassez de
produtos e inflação de três dígitos.
A raiva pública com a situação cresceu no mês passado quando
a Suprema Corte, tida como próxima do governo, assumiu poderes do
Congresso. Os protestos foram cresceram quando o governo impediu que o
líder da oposição, o candidato presidencial duas vezes Henrique
Capriles, de ocupar cargo público.
Crise da Venezuela cruza a fronteira e invade o Brasil
A chegada cada vez em maior número de venezuelanos a
Roraima, Estado que faz fronteira com a Venezuela, está criando sérias
dificuldades para as autoridades locais.
Saúde e educação, de acordo com a secretária extraordinária
de Relações Internacionais do Governo de Roraima, Veronica Caro, são os
setores que mais preocupam, já naturalmente sobrecarregados com a
população local.
Diante do cada vez maior número de venezuelanos em Roraima, a
ONG Human Rights Watch (HRW) divulgou um relatório em que pede às
autoridades federais para conceder recursos adicionais ao Estado, de
modo a fazer face ao atendimento tanto aos roraimenses quanto aos
venezuelanos que não param de cruzar a fronteira.
A Human Rights Watch estima que, desde 2014, 12 mil
venezuelanos entraram em Roraima, porém Veronica Caro diz que não é
possível citar um número exato. Nesta quarta-feira, 19, a secretária de
Relações Internacionais participou de uma reunião com a Polícia Federal e
perguntou se a instituição dispunha de números. A resposta que recebeu
foi de que não é possível estabelecer uma cifra exata, já que entre os
migrantes da Venezuela há indígenas (que não passam por controle de
fronteira), transitórios – os que vão para Roraima (e, em especial, à
cidade fronteiriça de Pacaraima) apenas para comprar os gêneros básicos
que não encontram mais na Venezuela – e os que chegam com a intenção de
ficar. Veronica Caro acrescentou que, caso haja uma insistência por
números, deve-se calcular algo entre 7 mil e 10 mil venezuelanos em
Roraima.
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, Veronica Caro diz
ainda que "a Venezuela está vivendo uma situação muito delicada", o que
explica os deslocamentos de venezuelanos para Roraima, mas a secretária
destaca que, mesmo com toda esta massa de migrantes, jamais ouviu
qualquer cogitação de que o Brasil poderia fechar a fronteira com a
Venezuela.
Na segunda-feira, 17, a Governadora Suely Campos (PP)
afastou-se do comando do Executivo de Roraima. Seu cargo está sendo
exercido pelo vice-governador Paulo César Quartiero (DEM). Informações
divulgadas pela mídia, no início desta semana, dão conta de que
Quartiero pediu à Polícia Militar que reforce a segurança na fronteira a
fim de evitar que mais venezuelanos entrem em Roraima através do
município de Pacaraima. Quartiero teria dito, ainda segundo a mídia, que
"a nossa prioridade é Roraima, o habitante de Roraima. Este que paga
nosso salário. Nós temos que atender ele. A questão humanitária tem a
ONU, tem nações ricas que podem ajudar. Nós estamos no limite."
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