INSTITUTO LULA ACUSA REVISTA DE IGNORÂNCIA E MÁ FÉ E LEMBRA QUE GLOBO LEVOU R$ 361 MI DO BNDES - 1 BILHÃO E 50 MILHÕES ATUALIZADOS
Mais
uma vez a revista Época divulga
reportagem ofensiva ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com afirmações
falsas e manipulação criminosa de documentos oficiais.
Avançando em ilações maliciosas e irresponsáveis, pelas
quais seus jornalistas já foram citados em ação judicial por danos morais
movida pelo ex-presidente Lula, a revista insiste em
atribuir ao ex-presidente condutas supostamente ilícitas que ele jamais adotou
ou adotaria.
A
matéria deste final de semana (29/08) é uma combinação de má-fé jornalística
com ignorância técnica (ou ambas) e o único crime que fica patente, após a
leitura do texto, é o vazamento ilegal de documentos do Ministério das Relações
Exteriores que, de acordo com a versão da revista, tiveram o sigilo funcional
transferido ao Ministério Público.
Ao contrário do que sustenta a matéria, a leitura isenta e
correta dos telegramas diplomáticos reproduzidos (apenas parcialmente, como tem
sido hábito de Época) atesta a conduta rigorosamente
correta do ex-presidente Lula em seus contatos com as autoridades cubanas e com
dirigentes empresariais brasileiros.
A
presença de um representante diplomático do Brasil numa reunião do
ex-presidente com dirigentes de empresa brasileira demonstra que nada de
ilícito foi ou poderia ter sido tratado naquele encontro. O mesmo se aplica ao
relato, para o citado diplomata, da conversa de Lula com Raul Castro sobre o
financiamento de exportações brasileiras para Cuba. Só a imaginação
doentia que preenche os vácuos de apuração dos jornalistas de Época pode conceber
um suposto exercício de lobby clandestino com registro em telegramas do
Itamaraty.
Os procedimentos comerciais e financeiros citados nos
telegramas diplomáticos são absolutamente corriqueiros na exportação de
serviços, como os jornalistas de Época deveriam
saber, se não por dever de ofício, pelo simples fato de que trabalham nas
Organizações Globo. A TV Globo exporta novelas para Cuba desde 1982, exporta
para a China e exportou para os países de economia fechada do antigo bloco
soviético.
Deveriam
saber que, em consequência do odioso bloqueio comercial imposto pelos Estados
Unidos, empresas que fazem transações com Cuba estão sujeitas a penalidades e
restrições pela legislação dos EUA. Por isso, evitam instituições financeiras
sujeitas ao Office of Foreign Assets Control, que é uma agência do governo dos
EUA e não um “organismo internacional de fiscalização”, como erra a revista.
Ao
contrário do que o texto insinua, maliciosamente, não há, nos trechos
reproduzidos, qualquer menção a interferência do ex-presidente em decisões do
BNDES, pelo simples fato de que tal interferência jamais existiu nem seria
possível, devido aos procedimentos internos de decisão e aos mecanismos
prudenciais adotados pela instituição.
Os jornalistas da revista Época deveriam conhecer o rigor de tais
procedimentos e mecanismos, pois as Organizações Globo tiveram um
relacionamento societário com o BNDESPar, subsidiária do BNDES. Em 2002, no
governo anterior ao do ex-presidente Lula, ou seja, no governo do PSDB, este
relacionamento se estreitou por meio de um aporte de capital e outras operações
do BNDESPar na empresa Net Serviços, totalizando R$ 361 milhões (valores de
2001).
Deveriam
saber que em maio de 2011, por ocasião da mencionada visita do
ex-presidente a Havana, o financiamento do BNDES às obras do Porto de Mariel
estava aprovado, havia dois anos, e os desembolsos seguiam o cronograma
definido nos contratos, como é a regra da instituição, que nenhum suposto
lobista poderia alterar.
Em
nota emitida neste sábado (29) para desmentir a revista, o BNDES esclarece,
mais uma vez, que “os financiamentos a exportações de bens e serviços
brasileiros para as obras do Porto de Mariel foram feitos com taxas de juros e
garantias adequadas”, e que os demais contratos mencionados não se realizaram.
Acrescenta que “o relacionamento do BNDES com Cuba foi iniciado ainda no final
da década de 1990, sem qualquer episódio de inadimplemento ou atraso nos
pagamentos.”
Os jornalistas da Época deveriam
saber também que não há nenhum ilícito relacionado às palestras do
ex-presidente Lula contratadas por dezenas de empresas brasileiras e
estrangeiras, entre elas a Infoglobo, que edita o jornal O Globo.
Deveriam, portanto, se abster de insinuar suspeição sobre esta atividade legal
e legítima do ex-presidente.
Tanto
em Cuba quanto em todos os países que visitou desde que deixou a presidência da
República, Lula trabalhou sim, com muito orgulho, no sentido de ampliar
mercados para o Brasil e para as empresas brasileiras, sem receber por isso
qualquer espécie de remuneração ou favor. Lula considera que é obrigação de
qualquer liderança política contribuir para o desenvolvimento de seu País.
Os jornalistas da Época deveriam saber que todos os grandes
países disputam mercados internacionais para suas exportações. E que não fosse
o firme empenho do governo brasileiro, para o qual o ex-presidente Lula
contribuiu, talvez o estratégico porto de Mariel fosse construído por uma
empresa chinesa, ou os cubanos estivessem assistindo novelas mexicanas. Neste
momento histórico, em que EUA e Cuba reatam relações e o embargo econômico
americano está prestes a acabar, a revista Época volta no tempo a evocar velhos
fantasmas da Guerra Fria e títulos de livros de espionagem.
Ao falsear a verdade sobre a atuação do ex-presidente Lula
no exterior, os jornalistas da revista Época tentam
criminalizar um serviço prestado por ele ao Brasil. O facciosismo desse tipo
noticiário é patente e desmerece o jornalismo e a inteligência dos brasileiros.
A
Globo faz a velha jogada de sempre. Publica na Época e “repercute” porcamente no Jornal
Nacional.
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